terça-feira, 12 de maio de 2009

Still, you don't regret a single day


Queria dividir contigo o peso do teu fardo, só pra poder andar do teu lado. Te aliviar. Mas você não me vê. Sabia que o teu sorriso me ilumina? Acabei delegando-te o poder de fazer minha alma chorar contigo quando te escapa uma lágrima. É, tens governado o meu estado de espírito, conforme o teu. Mas você não me vê.
Tudo por essa minha necessidade obsoleta de te acompanhar, como não fiz quando pude. Então caminho, à sombra, em silêncio. Como se minha observância anônima pudesse fazer com que te sentisses cuidada. Seria esse o meu papel, e é coisa a que, acho que, não estás acostumada. Mas você não me vê.
Teus sorrisos têm se apagado. Não são mais verdadeiros como já, um dia. E esse olhar de desprezo que não é teu? Me preocupa. Não há nada para ser provado! Penso, então, em desistir. Que na tua vida já não há lugar pra mim, ocupado agora pelos fios-de-rosto e boinas de arrogância.
Devo deixá-la, mas quando lembro da pele. A pele. Espero sete dias mais.
Agora deve estar dormindo. Receba o meu abraço, e tenha bons sonhos.


Há de surgir uma estrela no céu cada vez que 'ocê sorrir. Há de apagar uma estrela do céu cada vez que 'ocê chorar. O contrário também (bem que) pode acontecer - de uma estrela brilhar quando a lágrima cair. Ou então, de uma estrela cadente se jogar só pra ver a flor do seu sorriso se abrir*.


* GIL, Gilberto - Estrela

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