quarta-feira, 13 de maio de 2009

Hoje, tive que

fumar um cigarro. Já é de minha consciência a urgência com que isso deve ser abolido de minha vida. Mas, hoje, tive que.
E constatei, depois de economizar a coca no pão-de-queijo para tê-la com o Marlboro Light, que o cigarro faz a coca ficar com gosto de detergente. Mas fumar me dá sede. E matei os 290ml.

Não é que, depois de ontem, falando sobre caminhar à sombra e não ser vista, aquela coisa bem
eu-gosto-tanto-de-você-que-até-prefiro-esconder-deixo-assim-ficar-
subentendido-como-uma-idéia-que-existe-na-cabeça-e-não-tem-
a-menor-pretensão-de-acontecer * hoje, literalmente, caminhei à sombra e não fui vista?

Sabia da possibilidade, mas não era muito provável. Seria muita coindicência, sabe? Pois é, passei em frente ao local onde trabalhas, mas já havia passado do horário (uns vinte e sete minutos). Nunca tinha reparado, mas faz parte da rota do ônibus que pego de vez em quando, o de hoje. Desci um pouco mais à frente e eis que vejo a linha de transporte urbano que eu sabia que podia estar lá. E estava. No último banco, à esquerda. Eu do outro lado, na rua, olhando pela janela. Não me viu.

Atravessei a rua e segui meu rumo. Foi só. Não vi mais. Andei até meus objetivos e depois sobrou-me um tempinho. Parei no bar onde tantas vezes me esperou. Pedi coca e pão-de-queijo. Depois, eu sabia. Tinha que fumar um cigarro.

(tenho tantos medos, mas isso fica pra depois. e mais: regredi cinco anos em três)

* SANTOS, Lulu - Apenas Mais Uma de Amor

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