quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Tenho reclamado do frio, mas nessa cidade faz o típico calor de dezembro. Não em mim. A verdade é que meu tato repara e reclama quando tua ausência.
Se eu pudesse comparar, seria de frio a sensação da qual toda a extensão da minha pele padece quando se abstém do deleite do teu toque. De se arrepiar e se ouriçar inteira quando me procuras. Meu estômago se revira quando pressente a tua vinda.
Já abandonei a razão faz tempo, nem ouvi tocar o alarme de perigo. Lembro-me bem, ma belle, quando, entre um cigarro e outros mil, decidimos fazer o que deveria ser feito. Mas não sei qual foi o ponto onde não conseguimos mais evitar.
O que sei é que eu jamais esperava encontrar em você (logo você?) tamanho conforto e abrigo, braços nos quais eu posso me refugiar. A parte da tempestade eu já conhecia, mas quem diria que, um dia, fossem a mim direcionados os trovões e os carinhos?
E, a cada dia, mais me sinto precisar disso tudo. Isso é apavorante! O meu maior medo é perder o que antes não me fazia falta, mas que agora é combustível pra cada batida do meu coração.
Não tenho dúvida nenhuma. Quero tuas risadas de quadradinhos metálicos, tua opinião, teu sossego, tua loucura, tua vivacidade, tuas músicas, tuas ligações, nossos pequenos planos.
Quero você. Pra mim. E sem demora!

Pois é, esse samba é pra você, ó, meu amor. Esse samba é pra você que me fez sorrir, que me fez chorar, que me fez sonhar, que me fez feliz, que me fez amar.
Pois é, esse samba é pra você, ó, meu amor. Esse samba é pra você, pra você sorrir, pra você chorar, pra você sonhar, pra você feliz, pra você amar.
(ELLER, Cássia. Nós. São Paulo: Acústico MTV, 2001)