Meus passos
fadigados
anseiam só parar
Curtos, largos
carregados
quase não te viram chegar
Brevemente
se enterneceram:
sua imagem a esperar
Entusiasmo
até o sino:
vá mais devagar
Quantos passos
passos deram
sem chegar?
E os passos teus
também caminham
sabe-se lá pra qual lugar
Desvaneces
de tão longe
passos não vão se encontrar
Meus passos
fadigados
carregados
arrastados
Só anseiam parar
anseiam
só
só
anseiam
parar
para
parar
só
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Você precisa aprender a ser só
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
Você precisa aprender a ser só.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
terça-feira, 9 de abril de 2013
Aos esporádicos navegantes
A esquizofrenia da paixão
Perdi-me, apaixonada. Múltipla esquizofrenia. Larguei a nostalgia antepassada, ocultei cada obscuridade nata. Sem ilusões gentis, obtive tua espécie e segurei qualquer uníssona evidência. Carreguei entre ruínas. Sedenta, esperei.
Já a memorizei, intencionalmente. Nenhumx hábil acertaria. Nem aquela mais óbvia.
Rumino a dor, ainda.
S e j a m i n h a.
domingo, 3 de março de 2013
Não posso mais roer os nervos enquanto as horas passam e você não aparece. Preciso me poupar. Não pretendo mais sofrer, depois, quando você sumir de vez. Sofrer por amor é pura vaidade. Vou olhar para retratos meus e, de novo, sentirei orgulho de mim. Fotos minhas antes de você. Quando eu ainda não tinha provado desse seu veneno vicioso. Da saliva que se fez heroína. Do cheiro que se fez lança-perfume. Deveria ter uma tabela antipaixão como as que fizeram para os tabagistas. Marcaríamos um xis nas vezes em que pensássemos no outro. Assumindo assim nossa fraqueza. Contando as horas em que fôssemos capazes de esquecer. Poucas, no meu caso, já que tudo me lembra você.
Fernanda Young
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